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Júlio César Silva vive a dança como missão de vida
Professor gaúcho transforma jovens e conquista festivais com paixão e dedicação
Por Redação Portal na Hora
Publicado em 11/11/2025 10:42 • Atualizado 13/11/2025 13:41
Cidade
Arquivo Pessoal/Julio Cesar Silva

Por Paulo Marcolan  

Liberato Salzano (RS) - Natural de Nonoai(RS) e radicado em Erechim, Júlio César Silva é um nome que ressoa com força no tradicionalismo gaúcho. Formado em Direito, ele escolheu a dança como profissão e propósito. “Faço aquilo que eu gosto e sou feliz ensinando as crianças a amar também”, afirma. Sua trajetória começou no CTG Central do Pampa e ganhou força no CTG Lenço Preto, onde atua há mais de uma década. 

Em 2025, seu trabalho rendeu frutos: o grupo juvenil foi pela primeira vez, chegou às finais do Juvenarte e do Enart Juvenil.

Por sua vez no CTG sentinela da Querência em Erechim, cidade qual reside, Júlio participou de todos os estaduais, logrando êxito com sua equipe de trabalho, conseguindo através do Enart Juvenil a 4º colocação, no Juvenart a 3º, Festmirim a 5º e por fim o Premiart em 8º Lugar, mostrando a constância do trabalho e resultado. 

Além do Lenço Preto e Sentinela da Querência, Júlio também lidera o CTG Cordeiro do Pago, onde atua como coreógrafo e instrutor. “Eles merecem todo o mérito. São nota 10”, diz sobre o apoio do patrão Adir(popular kiki) e da coordenadora Moara. O grupo se destacou nas classificatórias do CIARTS se consagrando campeão Geral na Categoria Pré Mirim, e Júlio reforça a importância de investir nas crianças: “Elas são o futuro do amanhã. Precisamos dar oportunidades para que cresçam dentro da cultura.” O projeto atual, que classificou Duas categorias para a final, é fruto de muito ensaio e dedicação.

Júlio vê a dança como ferramenta de transformação social. “A dança ajuda a enfrentar o medo, a vergonha, a ansiedade”, explica. Para ele, os CTGs são espaços seguros e formadores de cidadãos. “Aqui a gente continua preservando o respeito, a disciplina, o foco e a união.” Ele acredita que manter a tradição é essencial, mesmo diante da modernidade: “A sociedade evolui, mas os costumes devem ser preservados.”

Entre tantas coreografias, duas têm lugar especial em seu coração: a rancheira de carreirinha e o pau de fitas. “São danças que nos apresentam uma variedade muito grande e tornam o espetáculo ainda mais rico”, destaca. Júlio também reconhece suas influências: “Sempre tive como inspirações todos os professores que passaram pela minha vida.” Ele cita com carinho o professor Anilton Amaral, que o acompanhou nos primeiros passos.

Para quem nunca dançou, Júlio deixa um convite: “Traga seu filho, venha conhecer. A dança é para todos.” Ele acredita que o tradicionalismo gaúcho é mais do que arte — é um legado. “É um universo rico em virtudes, costumes e respeito. E isso transforma vidas.” Com paixão e humildade, Júlio continua ensinando, inspirando e preservando a cultura que ama.

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