Escrevo estas linhas ainda tomado pela emoção que vivi no Clube Farrapos, em Porto Alegre, no último 29 de novembro. A Convenção Estadual do MDB não foi apenas um ato político, mas um verdadeiro reencontro com a história de um partido que moldou o destino do Rio Grande do Sul e do Brasil. Ver o salão lotado por cerca de 2.600 pessoas foi testemunhar a vitalidade de uma legenda que, mesmo diante dos desafios contemporâneos, segue pulsante.
Entre os presentes, nomes que carregam décadas de militância e protagonismo: Baleia Rossi, Sebastião Melo, José Fogaça, Vilmar Zanquim, Juvir Costella, Jermano Rigotto, Alceu Moreira, José Ivo Sartori e o atual governador Eduardo Leite. A diversidade de trajetórias reunidas naquele espaço reforçou a ideia de que o MDB é, antes de tudo, uma casa plural, capaz de abrigar diferentes vozes e projetos sob um mesmo compromisso democrático.
Foi impossível não me emocionar quando Gabriel Souza evocou figuras como Pedro Simon e Antônio Britto. Ambos, embora hoje afastados da linha de frente, permanecem símbolos de coragem e inteligência política. Simon, com sua longeva dedicação, e Britto, com sua atuação mais discreta, representam capítulos fundamentais da nossa história. A lembrança deles trouxe à tona o peso da responsabilidade que recai sobre as novas gerações de emedebistas.
Saí da convenção com a certeza de que o MDB segue sendo protagonista. O encontro não apenas reafirmou a força da legenda, mas também lançou um chamado para que continuemos a construir pontes entre passado e futuro. Como jornalista e cidadão, testemunhar esse momento foi perceber que a política, quando feita com memória e esperança, é capaz de renovar-se sem perder suas raízes.